A Solidão e Sua Porta (Carlos Pena Filho)

A SOLIDÃO E SUA PORTA
Carlos Pena Filho

Quando nada mais resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sonio que se espalha).

Quando, pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

e arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é solvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

Um comentário:

  1. Boa tarde
    Este poema é maravilhoso amei todos .
    Muito obrigado de irmã FATIMA cidade de Novo Horizonte S. P.
    Brasil.

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